A captura de dados possibilita uma vida mais longa à pontes A captura de dados possibilita uma vida mais longa à pontes | HBM

A captura de dados possibilita uma vida mais longa à pontes

A Universidade Minho está à frente de um projeto a longo prazo para aumentar a durabilidade das pontes portuguesas usando equipamento HBM para monitorar permanentemente sensores instalados.

A informação será usada para preparar o monitoramento e planos de manutenção a longo prazo e será também útil para uma possível modificação no design de futuras pontes.

A ponte de 120 m encontra-se em uma leve curva da estrada, cruzando o rio Ave na A11 entre as cidades de Braga e Guimarães, na região montanhosa de Minho, norte de Portugal. Esta ponte, recentemente inaugurada, é construída de vigas de concreto pré-moldadas, pré-esforçadas e de alta performance. A laje de concreto da plataforma é reforçada com aço brando. Oito colunas V, feitas de concreto comum, suportam a ponte.

O Professor Paulo Jorge de Sousa Cruz, diretor do Departamento de Engenharia Civil da Universidade Minho aponta: "Graças à este método, a ponte sobre o rio Ave é provavelmente a mais moderna em Portugal. Isto devido ao sistema pré-esforçado (´pre-stress`) de construção e à complexidade da sequência de construção". A ponte tem um dos mais longos vãos construídos de vigas pré-moldadas em Portugal.

O uso de vigas pré-moldadas é muito comum em Portugal e existem muitas outras pontes, passagens subterrâneas e viadutos construídos à partir deste método. Com o objetivo de ajudar a prolongar a vida útil destes, decidiu-se monitorar a ponte do rio Ave durante a construção e o seu uso, para avaliar a sua durabilidade.

A Universidade Minho recolhe os dados necessários para a monitoração da ponte usando o MGCplus combinado com placas ML801 e o software catman®. Um total de 256 sensores estão instalados na ponte, compreendendo 74 strain gages a ponte completa no reforço, 42 strain gages embutidos no concreto e 88 sensores de temperatura. Um adicional de 52 sensores de corrosão são controlados separadamente.

Na ponte se encontram cinco caixas de acesso com terminações de cabo que desembocam em conectores que podem ser, a qualquer momento, facilmente plugados no MGCplus portátil. Novamente se expressa o professor Paulo Jorge de Sousa Cruz: " Os dados são usados principalmente para determinar deformações na estrutura sob cargas impostas. Da mesma forma, é também possível examinar a distribuição secional de carga e como estas duas realidades são afetadas pelo tempo e pela temperatura".

O equipamento da HBM foi também usado durante a construção inicial para monitorar o comportamento da ponte, para realizar medições durante o teste de carga de prova, antes da mesma entrar em serviço. Estes testes foram relacionados ao programa de monitoração de durabilidade e não foram necessários para verificar a solução estrutural.

As medições de desvio, realizadas durante o teste de carga de prova na ponte, mostrou desvios absolutos entre 0,5 mm e 5 mm, com o desvio máximo registrado sob uma carga de aproximadamente 112 toneladas. Até hoje, considerando que a construção ainda é nova, foram realizadas apenas algumas leituras. Futuras novas leituras serão feitas em intervalos periódicos durante a vida útil da ponte.

Alguns comentários finais do Professor Paulo Jorge de Sousa Cruz: "Nós escolhemos o equipamento da HBM porque ele é altamente versátil e permite aos usuários selecionar a placa correta, necessária para diferentes tipos de sensores. As conexões elétricas entre os sensores e as placas são muito fáceis de preparar e o software catman® é um consistente meio de medição. E, como o dado mais importante, este equipamente garante uma medição certa.

Em termos práticos, eu penso que a facilidade, com a qual os sensores podem ser conectados ao MGCplus e ao software catman®, faz o nosso trabalho muito mais fácil".